Dia 21 de abril de 2025, amanhecemos com uma triste notícia, a partida de Francisco. Hoje, diante de sua passagem, após uma breve melhora nos últimos dias (inclusive com aparição pública ontem, domingo de Páscoa), não nos curvamos à tristeza, mas nos elevamos em reverência, reconhecendo a beleza de um momento raro: a Igreja, espalhada pelos continentes, unida como um só corpo, posta em homenagens e reverências ao legado do santo padre. Como um só coração que pulsa, como uma só alma que reza. A morte de um Papa é mais do que um fato na história da Igreja, é um sinal da comunhão viva que nos une em nosso Deus, Uno e Trino.

Francisco foi um homem que, com sua simplicidade profunda, nos lembrou constantemente de que a força da Igreja não está em estruturas nem em cifras, mas na fidelidade ao Evangelho e na comunhão entre os filhos de Deus.

Em um pontificado marcado por divisões, conflitos, guerras e vozes dissonantes, o Papa Francisco ergueu-se como eco da oração de Cristo: 

Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.  (João 17:21)

Hoje, é como se o mundo parasse por um instante para respirar junto. De catedrais a pequenas comunidades, de grandes centros urbanos a vilarejos distantes, de Bezerros (PE) a Paris (FR), o Povo de Deus se une para rezar, refletir e agradecer. 

Hoje a Igreja se mostra como verdadeiramente é: Una, Santa, Católica e Apostólica. Una, porque é reflexo do Deus Trino. Santa, não por seus méritos humanos, mas porque é habitada pelo Espírito. Católica, porque abraça a todos, de forma universal. Apostólica, porque caminha com os passos de Pedro e, hoje, honra com amor o legado de mais um de seus sucessores.

Que esse momento de comunhão global seja mais do que um rito de passagem: que seja um novo sopro de unidade sobre a Igreja e sobre o mundo. Que, lembrando a vida de Francisco, sejamos mais irmãos, mais Igreja, mais fervorosos em nossa fé e cada vez mais próximos do coração de nosso Pai.