Coletivo de palavras incertas
12 de abril de 2025
Cá em meu quarto
À morna tarde
E o meu caderno
Com folhas nuas
Palavras me vêm
Embora trôpegas
Em passos perdidos
Por entre as ruas
Meu lápis estanca
Em bamba trança
Silêncio que corta
Mas não me fere
Mientras tanto
Em punho e firme
Às folhas virgens
Versos defiro
Como começo?
Sobre o quê falo?
Sinto, em meu peito
Um certo aperto
Escrevo errado
Em rimas tortas
Mas com vontade
Nas tentativas
A emoção
Me desatina
Meu peito aquece
Meus versos aviva
O tempo passa
Já foi embora
E o último verso
Enfim se aninha
Guardo o caderno
E vejo agora
Que, enfim, incido
No fim da linha